O chamamento foi realizado pelo Departamento de Identificação Humana (DIH) do IML da capital. Criado em 2021 pela Polícia Científica, o setor estabeleceu um procedimento padrão por meio de portarias para a liberação de corpos não identificados e não reclamados.
O chefe especial do IML, perito médico-legista Diogo Nilo, explicou que ao longo desses quase dois anos, a nova estrutura organizacional do órgão da segurança pública conseguiu desenvolver um protocolo de atendimento às famílias na liberação de corpos. Além disso, o DIH possibilitou a busca ativa por familiares de corpos identificados e não reclamados.
“Foram necessários quase dois anos para compreender e amadurecer administrativamente, tabular e sistematizar tudo, a fim de construir uma política de atendimento humanizado. Com a realização dessa busca ativa, conseguimos dar um passo à frente e fechar o ciclo na construção desse protocolo”, afirmou o chefe do IML.
Diogo Nilo ressaltou que o IML tinha um histórico de passividade, em que era capaz de fazer a identificação oficial de alguns corpos, mas não conseguia buscar pelas famílias. Com a implementação do DIH, a equipe conseguiu estabelecer uma sistemática proativa.
“Graças a essas nossas ações, a essa nova forma de trabalhar, de pensar em um IML mais humanizado, estamos conseguindo localizar as famílias. No caso de Adriano, por exemplo, seu corpo poderia ter sido enterrado como indigente, mas, graças ao trabalho sensacional de todos os envolvidos, a família foi encontrada e pôde fazer a liberação para o sepultamento”, explicou o perito médico-legista.
O DIH é responsável pela identificação dos corpos que são recolhidos diariamente pelo IML de Maceió. O departamento reúne os setores de necropapiloscopia, odontologia, antropologia e genética forense (DNA) em um único local, garantindo agilidade nos procedimentos de identificação e liberação dos cadáveres, evitando o acúmulo de corpos no IML e o sepultamento como indigentes.