Igreja deve ser refúgio contra violência doméstica, afirma bispo Bruno Leonardo em mensagem contundente sobre o papel da fé e proteção às vítimas.

O bispo Bruno Leonardo trouxe à tona um tema urgente e controverso: a violência doméstica e o papel que a Igreja deve desempenhar em sua prevenção e combate. Durante sua mensagem, abordou a problemática da permanência de mulheres em relacionamentos abusivos, afirmando que a fé não deve ser uma justificativa para comportamentos agressivos. Segundo ele, é crucial que a Igreja assuma um posicionamento claro e firme em relação a esses casos, oferecendo acolhimento sem compactuar com a violência.

Bruno Leonardo enfatizou que o verdadeiro papel da Igreja é proporcionar amparo às vítimas, garantindo que elas se sintam seguras e apoiadas em momentos de grande vulnerabilidade. Ele alertou que a doutrinação religiosa não deve pregar a submissão por meio do sofrimento, mas, ao contrário, deve ser um instrumento de promoção da dignidade, do cuidado e da proteção. Desta forma, ele denotou que a mensagem cristã é, acima de tudo, uma mensagem de amor e respeito mútuo, e que a agressão não pode ser interpretada como uma prova de amor nem como vontade divina.

O bispo também fez questão de ressaltar que a Igreja deve ser um espaço seguro, onde as pessoas possam buscar orientação responsável e apoio sem medo de serem julgadas ou abandonadas, especialmente aquelas que sofrem em silêncio. O apelo do líder religioso reflete uma necessidade crescente de transformação nas instituições religiosas, para que sejam verdadeiros baluartes contra a violência e a opressão, promovendo um ambiente de confiança e esperança.

Nesse contexto, a discussão sobre como as tradições religiosas podem evoluir para proteger suas comunidades e oferecer um suporte efetivo às vítimas de violência doméstica se torna ainda mais relevante. É imprescindível que as vozes que lideram essas instituições sejam conscientes de seus papéis e do impacto que suas palavras e ações têm sobre a vida das pessoas. O posicionamento do bispo Bruno Leonardo é um passo significativo nesse sentido, não apenas para confortar os afetados, mas para redefinir a relação da Igreja com a violência e a dignidade humana.

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