Igreja Católica nega veracidade de supostas aparições da Virgem em cidade italiana após investigação de quase um ano.

A Igreja Católica rejeitou as supostas “aparições” relatadas por uma “vidente” na cidade de Trevignano Romano, localizada ao norte de Roma, onde centenas de peregrinos se reuniam para testemunhar os supostos milagres atribuídos à Virgem Maria. Após quase um ano de investigação, a diocese de Civita Castellana, município próximo a Roma, emitiu um comunicado nesta quarta-feira afirmando que os fatos ocorridos na cidade não possuem caráter sobrenatural.

Gisella Cardia, uma siciliana de 54 anos, afirma há anos que possui estigmas na pele e que se comunica diretamente com a Virgem Maria. Suas alegações de ter presenciado a imagem da Virgem chorando lágrimas de sangue e de ter testemunhado uma multiplicação de alimentos, similar ao milagre descrito no Evangelho, atraíram a atenção de numerosos fiéis que viajavam até Trevignano Romano para rezar diante de uma imagem da Virgem próxima ao lago Bracciano.

A situação se tornou tão popular que a diocese decidiu investigar o caso em abril de 2023, após denúncias de moradores locais que alegavam que tudo não passava de uma fraude. Após uma análise cuidadosa dos acontecimentos e de consultas a especialistas, como um psicólogo e um estudioso da Virgem Maria, o bispo Marco Salvi afirmou que os eventos não possuem uma origem sobrenatural.

A decisão da Igreja de descartar a veracidade das supostas aparições foi vista como uma forma de encerrar a controvérsia em torno do caso, que dividiu opiniões e levantou questionamentos sobre a fé e a credulidade dos peregrinos. Mesmo com a negativa da Igreja, alguns seguidores de Gisella Cardia continuam acreditando em suas visões e milagres, demonstrando a força da fé e da devoção em meio a polêmicas e dúvidas.

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