IGNOROU! – Lira arquivou representações contra Zambelli por perseguição com arma de fogo

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, não apreciou cinco representações apresentadas contra a deputada Carla Zambelli, que envolvem o episódio em que, no final de 2022, ela perseguiu o jornalista Luan Araújo pelas ruas de São Paulo, armada, na véspera do segundo turno das eleições presidenciais. As representações perderam validade em fevereiro de 2023, quando Lira foi reeleito para o cargo.

As representações foram apresentadas por diferentes partidos e figuras políticas, incluindo o PSOL, PT, PSB e até o então deputado Bira do Pindaré (PSB-MA). Três representações assinadas por partidos foram registradas oficialmente: uma do PSOL, uma do PT e uma do PT com a Rede. No entanto, nenhuma delas foi encaminhada para o Conselho de Ética, conforme o regimento da Câmara, o que impede a investigação formal do caso. Em outras ocasiões, o Conselho de Ética discutiu e arquivou outras representações contra Zambelli por outros motivos.

Apesar do contexto, a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) e o ex-deputado Bira do Pindaré também formalizaram representações contra Zambelli devido à perseguição armada. O PSOL, especificamente, solicitou a cassação do mandato de Zambelli em sua representação.

Durante o fim de 2022, o Conselho de Ética se reuniu três vezes, mas as reuniões não passaram de um minuto de duração e não votaram nenhum processo por falta de quórum, com a presidência de Carlos Sampaio (PSD-SP).

Em recente entrevista ao canal Inteligência Ltda., o ex-presidente Jair Bolsonaro responsabilizou Zambelli pela sua derrota nas eleições de 2022, citando a imagem da perseguição como um fator decisivo. “A Carla Zambelli tirou o mandato da gente”, afirmou Bolsonaro.

No dia 25 de março de 2025, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria para cassar o mandato de Zambelli, por crimes de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal no episódio da perseguição ao jornalista. Antes disso, em janeiro de 2025, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) já havia cassado o mandato de Zambelli por difusão de desinformação sobre o processo eleitoral, mas ela permanece no cargo devido a um recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

As cinco representações contra Zambelli perderam validade em 1º de fevereiro de 2023, data da posse da nova legislatura, quando Lira foi reeleito presidente da Câmara com 464 votos, o que equivale a 90% dos deputados. O Fator tentou contato com a assessoria de Lira, mas não obteve resposta.

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