O episódio chocante ocorreu na última terça-feira, 16, quando funcionários do banco filmaram Érika de Souza Vieira Nunes, de 43 anos, tentando fazer Braga assinar um empréstimo no valor de R$17 mil, mesmo ele aparentando estar morto. As imagens mostram Érika chamando o idoso de “tio Paulo” e agindo de maneira suspeita durante todo o processo.
O Serviço de Atendimento Médico de Urgências (SAMU) foi acionado e um médico confirmou o óbito de Braga ainda na agência bancária. Érika foi presa em flagrante pelos crimes de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver, permanecendo detida desde o dia do ocorrido.
Após uma audiência de custódia na cadeia José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio, a Justiça determinou a manutenção da prisão de Érika. A juíza Rachel Assad da Cunha ressaltou a gravidade do caso e destacou que as atitudes da acusada demonstraram total desprezo pela vida e dignidade humana.
Imagens das câmeras de segurança do centro comercial onde fica a agência bancária mostram os momentos em que Érika circulava com o idoso imóvel em uma cadeira de rodas, levando-o em direção ao local onde tentaria concluir o empréstimo fraudulento.
A versão apresentada pela defesa de Érika, de que Braga teria chegado vivo à agência, é contestada por testemunhas que afirmam que o idoso já estava sem vida quando foi conduzido ao banco. Os depoimentos colhidos pela Polícia Civil continuam a fazer parte das investigações em andamento.
A comoção e revolta diante desse triste episódio seguem presentes, enquanto a família de Paulo Roberto Braga se prepara para o seu último adeus e para exigir que a justiça seja feita diante de tamanha crueldade e desrespeito.