De acordo com a delegada, as circunstâncias do caso são complicadas. O vídeo, que provavelmente foi gravado há cerca de um mês, não resultou em prisão em flagrante, uma vez que a data em que o ocorrido aconteceu e a falta de confirmação por parte da cuidadora, que também é uma testemunha no processo, dificultaram a ação imediata das autoridades. Rebeca Cordeiro esclareceu que, até o presente momento, a situação parece ser um ato de agressão motivado por um surto violento do idoso, que poderia ter sido instigado por uma terceira pessoa que estava filmando o episódio.
A vítima, um cidadão de nacionalidade portuguesa, reside com a parceira há mais de 15 anos, o que adiciona uma camada complexa à situação. A Polícia Civil, em resposta às gravíssimas alegações, instaurou um inquérito por maus-tratos contra idoso, crime que, vale lembrar, teve sua pena recentemente aumentada para até cinco anos de reclusão. Se a conduta não for classificada como maus-tratos, a suspeita poderá ser denunciada por vias de fato, o que também traz implicações legais significativas.
A investigação contará com o suporte de assistentes sociais, que auxiliarão na análise do contexto do idoso, bem como na coleta de informações junto à comunidade. Vale ressaltar que o Estatuto do Idoso, em vigor no Brasil, promove prioridade nas investigações e julgamentos relacionados a crimes contra indivíduos com mais de 60 anos, reforçando assim as medidas de proteção desse segmento vulnerável da população. Com isso, a expectativa é que o caso seja tratado com a devida seriedade e que as ações necessárias sejam implementadas para garantir a segurança do idoso e a responsabilização dos envolvidos.