Após quase 15 dias em hospitais, Leonice recebeu alta e retornou para casa, onde começou uma nova jornada marcada por dependência e limitações. Antes do acidente, ela levava uma vida autônoma, realizando suas atividades diárias com facilidade. No entanto, agora enfrenta dificuldades significativas até para realizar tarefas simples, como tomar banho ou se vestir. “Hoje eu dependo de tudo. É uma situação muito difícil, pois eu costumava fazer tudo sozinha”, desabafou.
Momentos antes de sua queda, Leonice seguia viagem para pegar o ônibus, mas se deparou com a interdição da passagem habitual. Optou por um caminho alternativo, o que acabou resultando em sua queda. “Tinha medo de afogamento, pois o buraco estava cheio de água. Fiquei angustiada, com muita dor, e não conseguia ver uma saída”, lembrou. Imediatamente socorrida por vizinhos, Leonice foi levada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) antes de ser transferida para o Hospital Carvalho Beltrão, onde a cirurgia foi realizada.
Agora recuperando-se em casa, ela observa que a área do acidente foi sinalizada e sua vala começou a ser fechada. Entretanto, seu sofrimento destaca uma questão importante: a necessidade de maior cuidado e informação em relação a mudanças nas vias públicas, especialmente para os moradores.
Leonice se mostra esperançosa. “Espero que a situação sirva de alerta para que ninguém mais sofra com isso. Desejo também que as autoridades completem as obras, garantindo segurança a todos,” afirmou. A história de Leonice não apenas retrata o impacto de um acidente, mas também levanta questões sobre a responsabilidade das obras públicas e a segurança dos cidadãos durante intervenções urbanas.
