A idosa, que enfrentava limitações físicas devido à deficiência visual e passava a maior parte do tempo acamada, foi encontrada em um estado deplorável em uma residência insalubre, localizada nos fundos de um estabelecimento comercial. A equipe de resgate constatou que ela apresentava ferimentos visíveis, especialmente nos lábios e no rosto, e estava vivendo em condições de total abandono. O quadro clínico agravava-se com a presença de cicatrizes antigas no dorso, inchaço na orelha e dores musculares. Além disso, a vítima estava desidratada, reclamando de intensa sede e dificuldades para caminhar.
Após o resgate, a idosa foi imediatamente encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento do Jacintinho, onde recebeu assistência médica adequada e passou por uma série de exames que contaram com o acompanhamento de especialistas. A gravidade da situação destacou a necessidade de cuidados contínuos, visto que os indícios de maus-tratos indicavam um cenário de descaso e negligência.
A responsável pelo cuidado da idosa, uma mulher de 54 anos, foi presa em flagrante e autuada por lesão corporal, caracterizando violência doméstica. Ela havia retido o cartão do benefício assistencial da idosa, o que implicou em uma possível exploração financeira além dos maus-tratos físicos. Após a prisão, a acusada foi levada à Central de Flagrantes, localizada no Tabuleiro do Martins, onde os procedimentos legais foram realizados.
Este caso escandaloso chama a atenção para a questão da violência contra os idosos e a importância da vigilância da comunidade, ressaltando a necessidade de ações eficazes que garantam a proteção desse grupo vulnerável. A história da idosa não é um caso isolado, e a sociedade deve se mobilizar para prevenir e combater essa forma cruel de abuso.
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