Identificação política varia conforme a renda no Brasil, aponta pesquisa da Quaest: Lula e esquerda dominam entre mais pobres, direita entre mais ricos.



A pesquisa Quaest, divulgada recentemente, revelou que a identificação política no Brasil está diretamente relacionada à renda, com diferenças significativas entre os estratos sociais. De acordo com o levantamento, a adesão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à esquerda é mais expressiva entre os mais pobres, enquanto a direita prevalece entre a classe alta, independentemente de serem bolsonaristas ou não.

Entre os mais pobres, 28% se identificam como lulistas ou petistas, número que diminui para 16% na classe média e 12% na alta. Por outro lado, o apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro cresce conforme a renda aumenta, passando de 9% entre os mais pobres, para 12% na classe média e 14% na alta.

A pesquisa ouviu 2.000 pessoas ao longo do ano passado e utilizou o Critério Brasil 2024 para classificar os grupos em classes socioeconômicas. Os resultados indicam uma tendência à direita nas classes média e alta, evidenciando que o brasileiro não necessariamente adere ao bolsonarismo, apesar do apoio à direita ser maior do que ao presidente Bolsonaro em todos os segmentos.

Além disso, a pesquisa mostrou que a parcela da população que não se identifica com nenhum espectro político é significativa em todas as faixas de renda, representando 31% na classe baixa, 32% na média e 27% na alta.

Outro ponto destacado pelo levantamento foi o aumento do interesse por política conforme a renda sobe, bem como a divisão dos brasileiros em relação à liberdade de expressão e à confiança em instituições. A pesquisa revelou que a maioria dos entrevistados apoia o direito de se expressar, mesmo que de forma ofensiva, com destaque para os mais pobres. Já a confiança nas instituições varia, com a Igreja Católica, as Igrejas Evangélicas e os militares sendo mais bem vistos do que o Congresso Nacional, que enfrenta maior rejeição, principalmente entre os mais ricos.

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