De um lado, a valorização de 2,22% do minério de ferro na China e a elevação dos índices futuros das bolsas americanas contribuíram para ganhos no Ibovespa. Por outro lado, o recuo do preço do petróleo e a falta de novidades em relação ao cenário fiscal do país exerceram pressão negativa sobre o índice.
Com uma agenda de indicadores esvaziada no Brasil, o foco dos investidores se voltou para o índice de inflação ao produtor dos Estados Unidos. O PPI (Producer Price Index) foi divulgado às 10h30, mostrando um aumento de 0,2% em dezembro em relação a novembro, abaixo da previsão de 0,3%. Na comparação anual, o índice subiu para 3,3%, frente à expectativa média dos analistas de 3,4%.
Após a divulgação do PPI, o Ibovespa acelerou sua alta, acompanhando o desempenho dos futuros das ações americanas. Para Felipe Sant Anna, especialista em mercado da Star Desk, o dado positivo do PPI reforça a expectativa de que o Federal Reserve (Fed) continue cortando juros nos EUA. No entanto, os investidores aguardam com mais ansiedade a divulgação do CPI (Consumer Price Index), considerado um indicador de inflação mais relevante, amanhã nos EUA.
A falta de novidades sobre a conjuntura econômica brasileira, especialmente em relação ao lado fiscal, mantém os investidores cautelosos e contribui para a volatilidade do mercado. A gestão de Donald Trump adotar tarifas de forma gradual e o payroll forte em dezembro também são fatores que influenciam as decisões dos investidores.
Ao meio-dia, o Ibovespa registrava uma queda de 0,54%, atingindo a mínima de 118.349,71 pontos, após ter alcançado uma alta de 0,36% na máxima aos 119.439,14 pontos. As ações da Petrobras apresentavam desvalorização, enquanto as ações da Vale registravam alta. O mercado segue atento aos desdobramentos internacionais e nacionais que impactam o desempenho da bolsa de valores.
