Ibovespa encerra em baixa pelo segundo dia, puxado por Bradesco e Itaú, enquanto Petrobras e Vale apresentam desempenho misto em mercado volátil.



O Ibovespa registrou hoje um segundo dia consecutivo de perdas, fechando com uma queda de 0,56%, aos 136.236,37 pontos, após um volume financeiro de R$ 22,1 bilhões. Ao longo da semana e do mês, o índice acumula uma baixa de 0,58%, embora ainda mantenha um expressivo ganho de 13,26% no ano. Durante o dia, o índice variou entre 136.030,75 e 137.451,31 pontos, iniciando a sessão com uma abertura a 137.002,83 pontos. A pressão sobre o índice foi intensificada pela queda das ações do Bradesco, que viu suas preferenciais despencarem 2,92% e as ordinárias 2,75%. O Itaú também seguiu a tendência de desvalorização, com suas ações preferenciais apresentando uma queda de 1,22%. Apesar das perdas, o índice não caiu abaixo da marca de 136 mil pontos, apresentando seu fechamento mais baixo desde 8 de maio.

Em um contraponto, as ações da Vale ON fecharam com pequeno ganho de 0,27%, o que ajudou a dar suporte ao índice da B3. A Petrobras, por sua vez, apresentou uma sessão sem uma tendência clara, com suas ações ordinárias e preferenciais variando de forma modesta — uma baixa de 0,54% e uma leve alta de 0,03%, respectivamente. No segmento de ações que se destacaram positivamente, a Suzano teve uma forte valorização de 6,31%, acompanhada por Minerva com 4,90% e RD Saúde com 3,10%. No setor de metais, Gerdau e Metalúrgica Gerdau também se destacaram com altas de 3,47% e 3,15%, respectivamente. Em contraste, empresas como Hapvida, Cogna e Vivara enfrentaram quedas acentuadas, de 5,92%, 3,81% e 3,74%, respectivamente.

No cenário internacional, o dia foi movimentado por alguns indicadores relevantes nos Estados Unidos, como o aumento no número de pedidos de auxílio-desemprego, que veio abaixo das expectativas, levantando a ansiedade para o relatório oficial do mercado de trabalho, previsto para amanhã. Esse cenário se tornou ainda mais significativo com a comunicação entre os presidentes dos EUA e da China, Donald Trump e Xi Jinping, que pode sinalizar uma possível redução nas tensões comerciais.

Analistas como Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Asset Management, enfatizam que, no momento, a atenção do mercado se volta mais para o cenário externo, particularmente nas relações comerciais entre as duas potências. Kevin Oliveira, da Blue3, acrescenta que diversos indicadores da atividade econômica nos EUA têm refletido os impactos das tarifas, com a pesquisa ADP indicando uma geração de emprego menor do que a esperada no setor privado, elevando a expectativa para o relatório de emprego que será divulgado nesta sexta-feira. Em Nova York, a tendência foi de queda entre os principais índices, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq fechando em baixa de 0,25%, 0,53% e 0,83%, respectivamente.

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