Embora a população brasileira no geral só comece a retrair em 2042, outros 11 estados experimentarão essa mudança de forma antecipada. O Rio de Janeiro, por exemplo, começará a registrar uma redução na população a partir de 2028, seguido pelo Maranhão, onde esse processo começará em 2035. Em 2037, será a vez da Bahia, Piauí e São Paulo. Na sequência, Minas Gerais, Pernambuco e Rio Grande do Norte vão registrar diminuições em 2039. Rondônia verá suas cifras populacionais declinar um pouco mais tarde, em 2041.
Segundo as projeções, Santa Catarina e Roraima serão os dois últimos estados a reportarem uma diminuição populacional, apenas em 2064. Um caso à parte é o Mato Grosso, que não deverá enfrentar esse tipo de redução até pelo menos 2070. Esse diferencial é creditado, em parte, à capacidade do estado de atrair migrantes devido à expansão do agronegócio, um setor em constante crescimento.
Marcio Mitsuo Minamiguchi, gerente de Projeções e Estimativas Populacionais do IBGE, frisou que o envelhecimento da população é um dos fatores determinantes para a retração demográfica observada no Rio Grande do Sul e no Rio de Janeiro. Já em Alagoas, além da queda na taxa de fecundidade, a migração para outras regiões contribui significativamente para a redução populacional.
Essas projeções trazem à tona um cenário demográfico desafiador para vários estados brasileiros, indicando a necessidade de adaptação em políticas públicas. A queda populacional poderá impactar setores diversos, desde a economia até a estrutura social e serviços públicos. A compreensão e a interpretação dessas tendências são cruciais para que os governos estaduais possam se antecipar e planejar adequadamente para o futuro. A informação fornecida pelo IBGE não só esclarece o panorama atual, mas também inaugura importantes debates sobre as próximas décadas de desenvolvimento regional no Brasil.