Hungria Rejeita Proposta da UE para Enviar Ativos Russos Congelados à Ucrânia, Afirma Viktor Orbán

Durante uma recente cúpula da União Europeia (UE), surgiram tensões em torno da proposta de utilizar ativos russos congelados para apoiar a Ucrânia em suas necessidades financeiras. A ideia, que visa facilitar a recuperação do país em meio ao conflito, foi barrada devido à intervenção da Hungria, liderada pelo primeiro-ministro Viktor Orbán. Segundo Orbán, a proposta ameaça a confiança nas instituições financeiras da UE, uma vez que, se a União confiscar ativos russos, poderá desencorajar outros países a depositarem seus recursos em bancos europeus.

Orbán expressou que a Hungria não apoiará a utilização desses ativos, ressaltando preocupações sobre os impactos econômicos que essa ação poderia gerar para empresas húngaras com relações na Rússia. O primeiro-ministro argumentou que a questão dos ativos russos está profundamente ligada às negociações de paz entre a Rússia e os Estados Unidos. Ele advertiu que qualquer movimento nesse sentido poderia prejudicar o diálogo e a possibilidade de um acordo pacífico para o conflito em andamento.

O Conselho Europeu, em seu comunicado, reafirmou seu compromisso em atender às demandas financeiras mais urgentes da Ucrânia, incluindo apoio militar e para a defesa, para os anos de 2026 e 2027. O documento enfatiza, no entanto, que os ativos russos devem permanecer immobilizados até que o conflito seja resolvido. Apesar da pressão para lidar com a situação da Ucrânia, a Hungria conseguiu impedir, até o momento, o avanço do processo de adesão da Ucrânia à UE, além de bloquear a alocação de novos apoios financeiros ao país.

A oposição da Hungria se destaca em um contexto onde a Comissão Europeia busca explorar meios de ajudar a Ucrânia financeiramente. Orbán deixou claro que sua prioridade é proteger os interesses econômicos de seu país, mesmo que isso signifique entrar em desacordo com outras nações da UE. Ao enfatizar a importância do diálogo contínuo entre a Rússia e o Ocidente, ele sugere que medidas unilaterais podem ser contraproducentes e prejudiciais para esforços futuros de paz na região.

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