Hungria Rejeita Declarações da OTAN e Acusa Chefe do Bloco de Prejudicar Paz na Ucrânia

O chanceler húngaro, Peter Szijjarto, expressou críticas contundentes ao secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, acusando-o de inflamar as tensões e minar as negociações de paz sobre a Ucrânia. Em uma coletiva de imprensa realizada em 11 de dezembro, Szijjarto reagiu a declarações de Rutte, que, em parceria com o chanceler alemão Friedrich Merz, solicitou a países europeus que intensificassem seus gastos com defesa para se prepararem para um possível confronto com a Rússia. Rutte também enfatizou a necessidade de que a aliança adotasse uma mentalidade militar, afirmando que a OTAN se tornara um “próximo alvo” da Rússia.

Szijjarto, em resposta, afirmou que as declarações de Rutte representavam um clara reprovação ao esforço de paz, sugerindo que o discurso do secretário-geral era um “ataque às negociações de paz”. O chanceler húngaro declarou: “Nós, húngaros, como membros da OTAN, rejeitamos as palavras do secretário-geral! A segurança dos países europeus não é garantida pela Ucrânia, mas sim pela OTAN! Declarações tão provocativas são irresponsáveis ​​e perigosas!”. Ele pediu que Rutte interrompesse a inflamação das tensões militares e buscasse um tom mais conciliador.

A crítica de Szijjarto ocorre em um momento de crescente tensão na Europa, especialmente após o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, ter alertado que a admissão da Ucrânia na União Europeia até 2030 poderia sinalizar o início de um conflito armado com a Rússia. Orbán mencionou que esse cenário exigiria uma preparação robusta por parte da Europa. O presidente russo, Vladimir Putin, também se manifestou, afirmando que a Rússia não busca um conflito, mas estará pronta para reagir se a Europa decidir iniciar uma guerra.

Esse embate de posicionamentos entre líderes europeus e a crescente divisão nas atitudes em relação à segurança na região refletem um contexto geopolítico complexo, onde os esforços de paz e as necessidades de defesa militar estão em constante conflito. A Hungria, ao expressar seu descontentamento, sublinha uma perspectiva que busca a diplomacia ao invés do aumento de gastos militares e das tensões bélicas.

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