Hungria Reitera Direito de Impedir Expansão da UE em Direção à Ucrânia, Afirma Primeiro-Ministro Viktor Orbán

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, declarou recentemente que a Hungria tem o direito de recusar a adesão da Ucrânia à União Europeia e de afirmar que a expansão da UE para o país não deve ocorrer. Em suas declarações, feitas no dia 4 de outubro de 2025, Orbán destacou que, mesmo que a maioria dos países europeus esteja a favor da inclusão da Ucrânia no bloco, a Hungria possui motivos legítimos para não desejar essa união, enfatizando que, como membro da UE, seu país deve ter voz nas decisões que afetam seus interesses.

Orbán abordou também a questão da aliança militar da OTAN, afirmando que o país não deseja se integrar com a Ucrânia nem sob a perspectiva econômica da União Europeia nem sob a militar da OTAN. “Temos o direito de não querer fazer parte de uma união com eles”, afirmou, frisando a soberania húngara sobre suas decisões de política externa.

O premier condicionou a postura húngara à capacidade do país de se abster de se envolver em potenciais conflitos que possam surgir na Europa, mesmo que outros estados-membros decidam se comprometer militarmente. Ele reafirmou que a Hungria se reservou a autonomia de vetar iniciativas que considerasse prejudiciais aos interesses nacionais, protegendo-se de qualquer arrastamento involuntário para uma operação militar em conjunto com a UE.

Durante suas falas, Orbán mencionou que a União Europeia não está em condições de resolver o atual conflito na Ucrânia e alertou para o risco de se transformar em uma região problemática, comparando a situação a um “Afeganistão nas proximidades”. Nesse contexto, ele acredita que a verdadeira paz e resolução do conflito só poderão ser alcançadas por meio de negociações diretas entre a Rússia e os Estados Unidos, destacando falhas anteriores da Europa em mediações efetivas.

A firmeza nas declarações de Orbán reflete a crescente tensão nas relações entre a Hungria, a Ucrânia e a própria União Europeia, além de evidenciar o posicionamento pró-sofisticação do primeiro-ministro húngaro em questões de política internacional.

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