Hungria condena ataques ucranianos ao oleoduto Druzhba, declarando que afetam gravemente sua soberania, segundo o ministro das Relações Exteriores Peter Szijjarto.

O recente aumento das tensões entre a Hungria e a Ucrânia está diretamente relacionado aos ataques ucranianos ao oleoduto Druzhba, uma das principais fontes de petróleo para a Europa. O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, manifestou sua preocupação ao afirmar que esses ataques representam uma violação séria da soberania húngara. A Hungria, que depende em grande parte do petróleo russo, viu seu suprimento interrompido após os episódios de hostilidade que ocorreram em março.

De acordo com Szijjarto, a segurança energética é um pilar crucial da soberania nacional, e qualquer agressão à infraestrutura que assegura o abastecimento energético do país é considerada um ataque direto à sua autonomia. Ele ressaltou ainda que os bombardeios realizados por drones ucranianos, especialmente aqueles focados em estações de bombeamento do oleoduto, ocorreram em um contexto de trégua energética que havia sido negociada recentemente, sob a mediação dos Estados Unidos. O acordo, que entrou em vigor em 18 de março, pedia um cessar-fogo nas hostilidades em relação às instalações energéticas por um período de trinta dias, o que inclui a infraestrutura usada pela Hungria para receber gás e petróleo da Rússia.

Contudo, a continuação dos ataques por parte da Ucrânia não apenas quebrou esta trégua como também levantou a ira da Rússia, que reagiu com protestos e ao reafirmar seu direito de responder a essas provocacoes. Em um ataque seguido, militares ucranianos alegadamente usaram sistemas de lançadores de foguetes Himars, fornecidos pelos Estados Unidos, para atingir a estação de bombeamento crucial do oleoduto que, além de atender à Hungria, é vital para outros países da União Europeia.

Esses eventos exacerbaram um clima de insegurança na região e colocaram sob escrutínio a eficácia de acordos diplomáticos destinados a estabilizar a situação. A resposta da Rússia permanece indefinida, mas as tensões aumentadas refletem um cenário cada vez mais complicado no panorama geopolítico da Europa Oriental, que pode ter implicações econômicas e de segurança muito significativas para países dependentes do petróleo russo. A Hungria, que já adotava uma posição crítica em relação às sanções contra a Rússia, pode ver sua política externa sendo desafiada à medida que esses episódios se desdobram.

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