A abordagem da Hungria em relação ao TPI, que foi criado para promover a justiça internacional, se destaca em um contexto mais amplo, onde relações e interesses políticos parecem sobrepor considerações jurídicas. Gulyas afirmou que a Hungria não havia promulgado o estatuto do TPI, permitindo assim que o premiê israelense visitasse o país sem temer a prisão. Essa declaração ecoa o compromisso do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que já havia sinalizado sua intenção de garantir a segurança de Netanyahu durante sua visita.
O primeiro-ministro húngaro também se posicionou publicamente em favor de Israel, indicando que a sentença do TPI não seria aplicada em território húngaro. Essa postura ilustra um alinhamento mais amplo da Hungria com Israel e sua resistência ao que considera intervenções indesejadas de tribunais internacionais em sua soberania. A decisão da Hungria de se retirar do TPI levanta questões sobre as implicações para o direito internacional e a maneira como países podem navegar entre a política interna e as responsabilidades internacionais.
A cada passo, o governo húngaro parece reafirmar sua posição nacionalista, abordando temas de segurança e soberania em um mundo cada vez mais interconectado. Enquanto isso, o impacto dessa decisão reverbera não apenas nas relações entre Hungria e Israel, mas também nas dinâmicas do direito internacional e na forma como as nações lidam com questões de justiça e accountability em uma era marcada por conflitos e tensões geopolíticas.