Até o momento, três deputados eram vistos como possíveis opções para suceder Lira: Elmar Nascimento (BA), Antônio Brito (BA) e Marcos Pereira (SP), que cedeu sua candidatura para Motta. Elmar é considerado o favorito de Lira, mas enfrenta resistência entre os deputados do chamado “baixo clero”. Brito é um nome que agrada tanto governo quanto oposição, mas não conquistou o apoio decisivo de Lula ou Lira. Já Pereira, atual vice-presidente da Casa, foi vetado por Bolsonaro, o que inviabilizou sua candidatura devido ao grande número de deputados do PL.
Hugo Motta é o líder do Republicanos e sua escolha como candidato visa minimizar as objeções de Marcos Pereira. Além disso, Motta possui bom relacionamento tanto com líderes governistas quanto oposicionistas, sendo membro de um partido ligado à Igreja Universal e chefiando o Ministério dos Esportes. O desafio atual de Lula e Lira é convencer Elmar e Brito a desistirem, evitando uma disputa acirrada.
A possibilidade de indicar parlamentares para vagas no TCU é uma estratégia para apaziguar os ânimos dos insatisfeitos e garantir apoio à candidatura de Motta. O cargo de ministro do TCU é visto como uma recompensa no meio político, oferecendo altos salários, prerrogativas e foro especial no STF. Mesmo diante das negociações em curso, Gilberto Kassab, presidente do PSD, informou a Lula que não abrirá mão da candidatura de Antônio Brito, que se mantém firme em sua intenção de concorrer à presidência da Câmara.