Hugo Motta defende harmonia entre Poderes e afirma que discordância é natural na democracia durante crise sobre imposto no governo Lula.

Na quarta-feira, 2 de julho, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), abordou a relação entre os Poderes Executivo e Legislativo em uma entrevista ao vivo no videocast da Esfera Brasil. O deputado destacou que uma convivência harmônica entre essas esferas do governo não implica necessariamente em concordância total em relação às suas respectivas ações. Segundo Motta, “temos procurado, com essa independência, uma convivência harmônica, porque quem ganha é o país. Na harmonia, não se obriga que um Poder concorde com tudo o que o outro faça”.

Recentemente, o relacionamento entre o Executivo e o Legislativo passou por um teste de fogo devido a uma crise relacionada ao Imposto sobre Operações de Crédito (IOF). Um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 11 de junho trouxe à tona a cobrança de impostos sobre operações que anteriormente eram isentas e aumentou a alíquota de outras transações já taxadas. Essa medida foi rapidamente contestada pelo Congresso, que, após intensas negociações, decidiu derrubar o decreto. Em resposta, o governo federal optou por levar a questão ao Supremo Tribunal Federal, demonstrando o nível de tensão entre as duas instituições.

Durante a entrevista, Hugo Motta enfatizou a importância da divergência como um elemento essencial da democracia. Ele comentou que a discussão e a discordância são naturais em um sistema que valoriza a expressão de opiniões. “Há divergência, há discussão, há discordância e isso é natural da democracia”, ressaltou, sublinhando que o regime democrático permite a manifestação de diferentes pontos de vista sobre questões relevantes do país.

O presidente da Câmara também se comprometeu a manter um diálogo constante para garantir que o país avance em sua agenda. Ele acredita que, mesmo diante de divergências, é possível encontrar caminhos que favoreçam uma colaboração produtiva entre os Poderes. “Nessa construção, temos procurado dialogar efetivamente, buscando sempre a convergência e uma agenda produtiva para o nosso país”, concluiu Motta, reafirmando seu compromisso com um governo que trabalha em conjunto, apesar das diferenças que possam surgir.

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