Hugo Motta critica ocupação da Mesa Diretora por Glauber Braga e defende respeito e diálogo no Legislativo para preservar a democracia e evitar extremismos.

Na última terça-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), manifestou sua forte reprovação em relação à recente ocupação da Mesa Diretora promovida pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ). Motta classificou essa ação não apenas como uma afronta à Presidência da Câmara, mas também como uma ofensa ao Parlamento brasileiro e ao próprio Poder Legislativo. O presidente da Câmara ressaltou que essa não é a primeira vez que o deputado se envolve em atos controversos, lembrando um episódio anterior onde Braga ocupou uma comissão legislativa e, em seguida, protagonizou uma greve de fome que durou mais de sete dias.

Durante seu discurso, Motta fez um alerta sobre o comportamento de grupos que se apresentam como defensores da democracia, mas que, paradoxalmente, recorrem a táticas de intimidação e a comportamentos autoritários. Para ele, tal atitude é emblemática de uma lógica de extremismo que precisa ser combatida. O presidente enfatizou que essa postura não apenas aumenta as tensões políticas, mas também prejudica o funcionamento regular da Câmara dos Deputados.

Além disso, Motta salientou que o extremismo não pertence a nenhum lado ideológico específico, e que, portanto, deve ser enfrentado em todas as suas manifestações. Ele argumentou que a democracia merece proteção contra práticas que buscam silenciar ou deslegitimar as instituições por meio de gritos ou pressões autoritárias. Para o presidente, o debate parlamentar deve ser conduzido dentro das normas estabelecidas e baseado no respeito mútuo entre os deputados.

Motta concluiu sua fala fazendo um apelo à necessidade de uma convivência harmônica e respeitosa no Parlamento, reforçando que os representantes eleitos têm o dever de dialogar e deliberar com base em princípios democráticos e na legalidade, em vez de ceder a posturas extremistas que têm se tornado cada vez mais comuns na política brasileira. A sua mensagem, envolta em um contexto de crescente polarização, busca restaurar a integridade e o funcionamento da Casa Legislativa em tempos desafiadores.

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