O porta-voz militar do grupo, Yahya Saria, declarou que mísseis das Forças Armadas do Iémen atingiram um “alvo importante e sensível” na área ocidental de Jerusalém. Segundo seu anúncio, o ataque foi realizado com um míssil balístico hipersônico, denominado “Palestine 2”, e resultou na fuga em massa de civis para abrigos, evidenciando a gravidade da situação.
A declaração dos houthis surge em um momento tenso, com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmando em uma reunião ministerial no último domingo que as forças de Israel eliminaram a maioria dos líderes deste grupo e que a perseguição aos remanescentes é uma prioridade. Este posicionamento indica um aumento nas tensões entre Israel e o Iémen, com implicações potenciais para a estabilidade regional.
No mesmo dia do ataque, as Forças de Defesa de Israel (FDI) relataram ter atingido uma figura proeminente do Hamas na Cidade de Gaza, refletindo a escalada de operações militares ambas as partes. Além disso, o Exército israelense lançou uma série de ataques aéreos no sul do Líbano, uma manobra que as autoridades libanesas afirmam ser uma violação da soberania do país, apesar do acordo de cessar-fogo estabelecido em novembro de 2024.
Os houthis, que controlam uma vasta área do norte do Iémen e a costa do mar Vermelho, manifestaram seu apoio à causa palestina desde o final de 2023, realizando uma série de ataques com mísseis e drones contra alvos israelenses. A reação de Israel foi contundente, resultando em ataques aéreos direcionados a alvos no Iémen.
Este aumento nas hostilidades também ressoa com um ataque sem precedentes de foguetes de Gaza contra Israel em outubro de 2023, que resultou em pesadas baixas. A escalada do conflito destaca a fragilidade da situação na região e a complexidade das interações entre as diversas facções envolvidas. A repercussão desses eventos pode ter efeitos duradouros tanto para a segurança israelense quanto para a dinâmica geopolítica no Oriente Médio.