Os ataques da facção, que recebe apoio do Irã, são parte de uma resposta a ações israelenses que resultaram em bombardeios de infraestruturas elétricas em várias localidades no Iémen, incluindo a capital Sanaa e a cidade portuária de Hodeida. Os Houthis sublinharam que este ataque à usina elétrica foi uma “operação em apoio à Faixa de Gaza”, um gesto que demonstra a interligação entre os conflitos regionais e a luta mais ampla pela causa palestina.
Desde novembro de 2023, os Houthis intensificaram suas ofensivas, utilizando uma variedade de mísseis e drones em uma campanha contra o que consideram alvos israelenses, totalizando mais de mil ataques. Inicialmente, eles se concentraram em navios mercantes que supostamente tinham alguma conexão com Israel, buscando assim pressionar Tel Aviv a interromper suas operações militares na Palestina.
Diante da gravidade desta situação, a comunidade internacional observa atentamente, especialmente em virtude do impacto que esses conflitos podem ter sobre as rotas marítimas essenciais para o comércio global, particularmente no transporte de petróleo. O temor de um aumento nas hostilidades já levou muitas empresas a desviar suas rotas comerciais para evitar a região, acarretando maiores custos e atrasos.
Em resposta à crescente ameaça, os Estados Unidos e seus aliados têm conduzido operações na área, inclusive realizando bombardeios em solo iemenita, com o objetivo de impedir os ataques dos Houthis e garantir a liberdade de navegação. O movimento Ansar Allah, no entanto, continua a afirmar que suas operações militares persistirão enquanto Israel não cessar o que descrevem como “agressão contra o povo palestino”. Este ciclo de violência e retaliação levanta questões sérias sobre a estabilidade e a segurança no Oriente Médio, que já é marcado por conflitos prolongados e rivalidades sectárias.