Houthis anunciam ataque com míssil hipersônico em Tel Aviv e intensificam tensões no Oriente Médio com resposta dos EUA.

Em uma escalada inesperada de tensão no Oriente Médio, o grupo Houthi do Iémen, conhecido formalmente como Ansar Allah, anunciou a execução bem-sucedida de um ataque com mísseis hipersônicos contra um alvo militar ao sul de Tel Aviv. A ação ocorreu na manhã de 20 de março de 2025 e foi confirmada pelo porta-voz militar do movimento, Yahya Saree, que destacou que esse foi o segundo ataque em território israelense em apenas 24 horas.

O míssil utilizado, denominado Palestine 2, representa uma notável demonstração de capacidade militar por parte dos Houthis em meio a um cenário de crescente hostilidade. O ataque ocorre em um contexto de ataques aéreos realizados previamente por caças dos Estados Unidos contra posições houthis na cidade de Al Hudaydah, no oeste do Iémen, o que intensifica as tensões na região. As recentes ações militares americanas foram justificadas, segundo fontes iemenitas, como uma resposta a ameaças emergentes do movimento.

Não é a primeira vez que os Houthis lançam ataques na direção de Israel. Desde novembro de 2023, eles têm realizado uma campanha de ataques contra navios mercantes vinculados a Israel, às quais têm buscado impedir a passagem através de áreas críticas no Mar Arábico e no Mar Vermelho. Os Houthis afirmam que suas ações visam forçar a restauração de fornecimentos de alimentos e medicamentos à Faixa de Gaza, que enfrenta uma aguda crise humanitária.

O governo dos Estados Unidos, por sua vez, tem adotado uma postura firme em relação aos Houthis. Na última semana, o ex-presidente Donald Trump afirmou que qualquer ataque oriundo do Iémen seria tratado como uma ação direta do Irã, levantando a possibilidade de “consequências terríveis”. Essa declaração ressalta a complexidade da situação, na qual o conflito no Iémen se entrelaça com as tensões entre os EUA e o Irã, e se reflete nas dinâmicas de poder regionais.

Embora o movimento houthi tenha sido reconhecido como um grupo terrorista por Trump em sua administração, essa designação foi revogada por Joe Biden em 2021. Contudo, em março de 2025, a administração Biden reinstaurou essa classificação, complicando ainda mais as interações internacionais desse grupo.

A situação no Oriente Médio, especialmente em relação ao Iémen e Israel, continua a ser um foco de tensão militar e diplomática, afetando o comércio global e a segurança na região. A possibilidade de novos ataques e reações por parte das potências ocidentais permanece uma preocupação constante no cenário internacional.

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