No comunicado, o porta-voz enfatizou a urgência da medida, pedindo que as empresas imediatamente cortassem laços com os portos israelenses. “As Forças Armadas do Iêmen alertam todas as empresas para que cessem suas relações com portos israelenses a partir do momento em que esta declaração for anunciada. Caso contrário, seus navios, independentemente de seu destino, serão alvejados em qualquer lugar que possa ser alcançado ou ao alcance de nossos mísseis e drones”, afirmou Saree.
O contexto por trás dessas declarações parece estar ligado à atual situação na Faixa de Gaza, um ponto focal do conflito entre israelenses e palestinos que ressoa fortemente entre os grupos que apoiam a causa palestina. Saree classificou essa nova etapa de ações como “a quarta fase do bloqueio naval contra o inimigo”, implicando que os houthis veem essa ação como parte de uma estratégia mais ampla de resistência contra Israel.
Os houthis, que têm controle sobre uma grande extensão da costa do Mar Vermelho no Iêmen, manifestaram seu apoio à Palestina e intensificaram suas ameaças a qualquer navio que possua vínculos com o estado israelense. Através de sua comunicação, o movimento também fez um apelo a outros países para que retirassem suas tripulações de navios que possam se tornar alvos, garantindo que não se tornariam alvos involuntários neste cenário intensamente polarizado.
Apesar das ameaças, os houthis se comprometeram a não interferir na liberdade de navegação na região e afirmaram que não pretendem causar danos a embarcações de nações que não estão envolvidas no conflito. No entanto, a crescente inquietação provocada por essas declarações já levou algumas empresas a suspender suas operações nas rotas do Mar Vermelho, refletindo o temor de um possível aumento das hostilidades na área. O que se desenha é um cenário intrigante que poderá ter repercussões significativas não apenas para a navegação na região, mas também para as relações geopolíticas mais amplas no Oriente Médio.