Em resposta, o Exército israelense divulgou que conseguiu interceptar o míssil na fase inicial de seu trajeto, antes que ele cruzasse a fronteira israelense. Apesar da afirmação houthi sobre o êxito do ataque, a posição militar israelense indica uma neutralização eficaz da ameaça.
Recentemente, os houthis intensificaram suas operações militares como uma forma de demonstrar resistência à intervenção militar dos Estados Unidos no Iêmen. Segundo informações do porta-voz do Ansar Allah, as suas ações são uma resposta à contínua agressão dos EUA, que, segundo relatório, inclui ataques a navios de guerra no Mar Vermelho, com foco particular no porta-aviões USS Harry Truman.
Vale ressaltar que os houthis tinham suspendido suas ações ofensivas contra Israel após um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, ocorrido em janeiro deste ano. No entanto, em um retorno à hostilidade, o grupo atentou contra a base aérea de Nevatim no dia 18 de março usando também um míssil hipersônico.
Nos últimos doze meses, os houthis dispararam mais de 200 mísseis e 170 drones contra alvos israelenses, mas segundo as Forças de Defesa de Israel, a maioria dos projéteis foi interceptada antes de alcançar o território israelense. Como retaliação, Israel tem realizado ataques aéreos contra posições houthis no Iêmen.
Além de seus ataques contra Israel, os houthis têm sido envolvidos em um aumento de incidentes no mar, atingindo embarcações militares dos EUA e navios mercantes. O Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, reportou que, nos últimos dezoito meses, o grupo realizou 174 operações contra navios de guerra americanos e quase 150 contra navios comerciais, ressaltando a volatilidade da situação no Oriente Médio.
Recentemente, o presidente dos EUA, Donald Trump, autorizou uma ofensiva militar em larga escala contra os houthis, com o objetivo de proteger os interesses americanos na região e restaurar a segurança da navegação. A mãe-autoridade houthi, Mohamed Abdulsalam, criticou as ações norte-americanas, considerando-as uma agressão a um Estado independente e uma forma de incentivar Israel a adotar uma postura mais severa em relação ao cerco a Gaza. Abdulsalam destacou que o bloqueio naval imposto pelo Iêmen é focado apenas em impedir a passagem de embarcações israelenses até que a ajuda humanitária chegue à população de Gaza. Essa dinâmica de confronto e provocação continua a exacerbar as tensões já elevadas no Oriente Médio.
