Desde o início da guerra em Gaza em outubro de 2023, os Estados Unidos supostamente gastaram mais de US$ 5 bilhões, o que inclui cerca de US$ 2,5 bilhões empenhados em operações contra os houthis e em ataques aéreos no Iémen. Os houthis argumentam que o bloqueio marítimo que começaram a impor em resposta à ofensiva israelense tem impactos diretos nos custos do transporte marítimo dos EUA, exacerbando problemas econômicos internos.
Uma fonte houthi comentou que o apoio militar a Israel, além da agressão ao Iémen, está impondo um alto custo aos cidadãos americanos, que, segundo afirmam, não deveriam arcar com as consequências das políticas exteriores de seu governo. O movimento questiona se Trump, caso seja reeleito, continuará a seguir a mesma abordagem, insinuando que a manutenção dessa política acarretará mais danos à economia americana.
Recentemente, os houthis intensificaram suas ações, bloqueando parcialmente os mares Vermelho e Arábico e disparando drones e mísseis contra navios comerciais, incluindo embarcações de guerra da Marinha dos EUA e do Reino Unido. A resposta militar americana não tem conseguido conter as capacidades de ataque do grupo, que agora inclui o uso de veículos aéreos não tripulados em ataques direcionados a Israel.
Enquanto Trump, que em sua gestão anterior rotulou os houthis como uma organização terrorista, parece relutante em abordar diretamente a questão do Iémen em sua campanha eleitoral de 2024, o movimento continua a deixar claro que sua luta está conectada às dinâmicas mais amplas de conflito na região. A situação permanece tensa, com os houthis enfatizando que suas ações são uma resposta a agressões percebidas e que continuarão até que cesse a hostilidade em Gaza e no Líbano.