Hospital de Beirute refuta alegações de Israel sobre bunker do Hezbollah com US$ 500 milhões e denuncia pretexto para ataques ao Líbano.



Em um cenário tenso e pleno de desinformação na região do Oriente Médio, o diretor do Hospital As-Sahhel, localizado em Beirute, Fadi Fakhri Alame, saiu em defesa da instituição ao negar as alegações divulgadas pelas Forças de Defesa de Israel (IDF). A declaração, feita em 21 de outubro, rechaça a afirmação israelense de que um bunker do Hezbollah, contendo mais de US$ 500 milhões em ouro e dinheiro, estaria situado sob o hospital.

Alame enfatizou que tais alegações são infundadas e interpretou as declarações israelenses como um pretexto para legitimar os ataques aéreos e operações militares em território libanês. Ele afirmou que essa narrativa visa desestabilizar as instituições civis do país, exacerbando ainda mais a crise humanitária que o Líbano enfrenta atualmente.

Desde o dia 1° de outubro, Israel intensificou suas operações militares contra o Hezbollah, particularmente no sul do Líbano, resultando em uma escalada significativa da violência na região. Os bombardeios aéreos israelenses já deixaram mais de duas mil pessoas mortas, incluindo líderes do Hezbollah, e o número de deslocados ultrapassou a marca de um milhão. Mesmo diante de perdas significativas, o Hezbollah continua a realizar ataques e retaliações, lançando foguetes em direção ao território israelense.

A IDF argumenta que a presença de um bunker sob o hospital As-Sahhel representa uma ameaça às operações militares e à segurança de Israel. No entanto, essa justa posição é contestada por Alame, que defende que o hospital atua exclusivamente no atendimento humanitário e não possui ligação com atividades militares.

A situação no Líbano é crítica e complexa, com Israel vislumbrando uma estratégia militar que preveja a reocupação de áreas do norte liberadas devido a tensões anteriores com o Hezbollah e outros grupos armados. Este conflito, que já se arrasta por mais de um ano, tem suas raízes em um histórico de hostilidades sociais e políticas, refletindo não apenas um jogo de poder militar, mas também o sofrimento da população civil que se vê, mais uma vez, no centro de um conflito brutal.

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