Com um total de 1.814 hospitais filantrópicos e 184.328 leitos (entre unidades de internação e UTI), a rede hospitalar filantrópica disponibiliza a maioria de seus serviços para o Sistema Único de Saúde (SUS), sendo responsável por garantir a assistência hospitalar em 800 municípios brasileiros. Além disso, emprega mais de 1 milhão de pessoas em todo o país.
No que se refere aos procedimentos médicos, os hospitais filantrópicos também se destacam. Em 2023, essas instituições foram responsáveis por 67% dos atendimentos de oncologia, 65% das cirurgias de cardiologia, 60% das cirurgias eletivas de alta complexidade, quase 70% dos transplantes de órgãos, 68% dos transplantes de medula óssea e 62% dos transplantes de tecidos e células.
No entanto, mesmo desempenhando um papel tão relevante para a sociedade, os hospitais filantrópicos enfrentam desafios financeiros, devido à defasagem da tabela do SUS, que resulta em um subfinanciamento das instituições. Para contornar essa situação, algumas instituições buscam complementar esses recursos por meio de doações, emendas parlamentares e empréstimos bancários.
O presidente da CMB, Mirocles Véras, ressalta a importância de garantir a sustentabilidade desses hospitais e aguarda a regulamentação da Lei nº 14.820/24, que prevê a revisão anual dos valores de remuneração dos serviços prestados ao SUS. Com uma melhor remuneração, os hospitais filantrópicos poderão ampliar o atendimento à população e investir em melhorias estruturais e tecnológicas para oferecer um serviço de qualidade.