De acordo com dados levantados pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) a pedido do Metrópoles, algumas unidades, como a UPA do Núcleo Bandeirante e a unidade de Vicente Pires, chegam a manter uma maca retida por mais de 10 dias em um único mês. Essa situação gera impactos diretos no atendimento prestado pelo Samu-DF, impossibilitando a realização de novos atendimentos enquanto a maca não é liberada.
A retenção das macas ocorre devido à falta de leitos disponíveis nas unidades de saúde no momento em que os pacientes chegam através do Samu-DF. Em muitos casos, os pacientes precisam permanecer na maca até que um leito seja disponibilizado, o que acaba afetando o fluxo de atendimento do serviço de emergência.
Ronny Rezende, especialista em administração hospitalar, destaca que o problema persiste no DF devido a fatores estruturais, logísticos e de gestão. Para solucionar a questão, ele sugere a implementação de sistemas que otimizem a ocupação de leitos e a ampliação da estrutura de atendimento descentralizado.
O deputado distrital Jorge Vianna ressalta que a retenção de macas é um problema crônico na rede de saúde do DF e propõe a criação de equipes especializadas na guarda e troca de macas para resolver a questão. Mesmo com os investimentos realizados na compra de novas macas, a prática ainda persiste nas unidades de saúde.
O Metrópoles questionou a Secretaria de Saúde do DF sobre a situação, mas até o momento não obteve resposta. A reportagem será atualizada assim que a pasta se posicionar oficialmente sobre o assunto, buscando solucionar um problema que prejudica o atendimento de urgência à população do Distrito Federal.