Hospitais e UPAs do DF continuam retendo macas do SAMU-DF, impactando diretamente no atendimento à população, mesmo após proibição judicial.



Hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do Distrito Federal estão enfrentando um problema recorrente que compromete diretamente o atendimento à população: a retenção de macas de ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu-DF). Mesmo após uma decisão do Tribunal de Justiça (TJDFT) proibir essa prática em agosto de 2020, as unidades de saúde continuam retendo as macas, causando transtornos ao trabalho do Samu e prejudicando o acesso aos serviços de urgência.

De acordo com dados levantados pela Secretaria de Saúde do DF (SES-DF) a pedido do Metrópoles, algumas unidades, como a UPA do Núcleo Bandeirante e a unidade de Vicente Pires, chegam a manter uma maca retida por mais de 10 dias em um único mês. Essa situação gera impactos diretos no atendimento prestado pelo Samu-DF, impossibilitando a realização de novos atendimentos enquanto a maca não é liberada.

A retenção das macas ocorre devido à falta de leitos disponíveis nas unidades de saúde no momento em que os pacientes chegam através do Samu-DF. Em muitos casos, os pacientes precisam permanecer na maca até que um leito seja disponibilizado, o que acaba afetando o fluxo de atendimento do serviço de emergência.

Ronny Rezende, especialista em administração hospitalar, destaca que o problema persiste no DF devido a fatores estruturais, logísticos e de gestão. Para solucionar a questão, ele sugere a implementação de sistemas que otimizem a ocupação de leitos e a ampliação da estrutura de atendimento descentralizado.

O deputado distrital Jorge Vianna ressalta que a retenção de macas é um problema crônico na rede de saúde do DF e propõe a criação de equipes especializadas na guarda e troca de macas para resolver a questão. Mesmo com os investimentos realizados na compra de novas macas, a prática ainda persiste nas unidades de saúde.

O Metrópoles questionou a Secretaria de Saúde do DF sobre a situação, mas até o momento não obteve resposta. A reportagem será atualizada assim que a pasta se posicionar oficialmente sobre o assunto, buscando solucionar um problema que prejudica o atendimento de urgência à população do Distrito Federal.

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