De acordo com o relato da vítima, ela estacionou seu veículo na frente da associação, que fica na mesma rua da residência do seu avô. Ao desligar o carro, percebeu a aproximação de dois indivíduos armados que estavam a pé. Um deles colocou o revólver no olho dela, em seguida apontou a arma para sua cabeça e a obrigou a entrar no banco traseiro do veículo. Enquanto isso, o comparsa assumiu o volante e seguiram em direção ao Litoral Norte, voltando posteriormente.
A jovem foi jogada ao chão do carro e o criminoso que mantinha a arma em sua cabeça aplicou uma técnica de estrangulamento conhecida como “mata leão”, além de pisar em sua cabeça para garantir que ela não tentasse fugir. O sequestrador ameaçava a vítima constantemente com palavrões e fazia contato por telefone com uma terceira pessoa, informando que ela estava cooperando e que seria levada para uma mata.
Durante a ligação, o sequestrador pediu para que a jovem passasse os números de telefone de sua família, assim como os nomes dos respectivos proprietários destes números. Posteriormente, os criminosos exigiram que a vítima abrisse o aplicativo do seu banco para realizar uma transferência de dinheiro.
A família foi informada do sequestro através de uma amiga da vítima, que estava em ligação com ela no momento em que foi abordada pelos sequestradores. Ao perceber a aproximação dos homens, a amiga comunicou a família, que imediatamente espalhou a notícia e acionou a polícia.
Uma guarnição da BPRV (Batalhão de Polícia Rodoviária) foi acionada e localizou o veículo na rodovia AI 101 Sul, no Francês, em Marechal Deodoro. Ao dar ordem de parada, os suspeitos não obedeceram e seguiram em fuga. Após uma perseguição, o veículo foi finalmente interceptado e os indivíduos foram abordados pela polícia. A vítima foi retirada do veículo com segurança.
Durante a busca pessoal, nenhum objeto ilícito foi encontrado com os suspeitos. No entanto, um dos sequestradores informou que havia descartado a arma. Após uma busca mais detalhada, um revólver taurus calibre 38, com a numeração suprimida e seis munições, foi encontrado. Os celulares dos sequestradores foram apreendidos.
A vítima, os suspeitos e o material apreendido foram encaminhados para a Central de Flagrantes, onde foram realizados os procedimentos cabíveis. Os acusados exerceram o direito constitucional de permanecer calados e só falarão na presença do juiz.