Homens armados causam medo em rua de entregador jogado da ponte por policial militar: vídeos mostram abordagem na madrugada.



Na madrugada de quarta-feira, a rua onde morava o entregador Marcelo Barbosa Amaral, de 25 anos, foi palco de um incidente que gerou medo e apreensão entre os moradores. Um grupo de homens armados, em um carro descaracterizado, foi flagrado circulando pela Rua Comendador Artur Capodaglio, em Americanópolis, zona sul de São Paulo.

Os vídeos obtidos pela reportagem do Metrópoles mostram os homens armados, com coletes, percorrendo a rua entre 0h39 e 1h23 da madrugada. Esse episódio inusitado deixou os moradores da região ainda mais assustados, especialmente após a violência registrada no vídeo que viralizou no início da semana, onde um policial militar jogou o entregador da ponte.

No primeiro vídeo, três homens são vistos circulando com armas em punho. Em seguida, um segundo vídeo mostra batidas em um portão e gritos, possivelmente para chamar algum morador. Já no terceiro vídeo, o grupo para o carro, desce armado e aborda pessoas que estão na rua. Segundo relatos de vizinhos, os homens procuravam por Marcelo, apresentando fotos e dizendo fazer parte da Corregedoria.

A presença de agentes descaracterizados, em incursões na busca por testemunhas ou vítimas, é um procedimento padrão da corporação. No entanto, o horário e a abordagem aleatória de pessoas na rua com armas em punho aumentaram ainda mais o receio entre os moradores. A situação se intensificou com a presença do carro descaracterizado circulando pelo bairro durante o dia, abordando mais pessoas e indagando sobre o paradeiro de Marcelo.

Na tentativa de esclarecer o caso, policiais civis do Deic estiveram no bairro procurando pelo entregador para prestar depoimento. Marcelo, que não mora mais na rua onde o incidente ocorreu, deixou a cidade por conta da repercussão do caso. Enquanto isso, seu pai reside atualmente no litoral paulista.

Diante disso, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a Corregedoria da Polícia Militar está realizando diligências em busca da vítima para colher seu depoimento, peça fundamental para esclarecer o caso. Os agentes envolvidos nas investigações não usam uniformes, mas seguem os procedimentos legais para sua identificação durante o trabalho de campo.

Em meio a essa situação de insegurança e apreensão, os moradores de Americanópolis vivem momentos de tensão e incerteza, enquanto aguardam por respostas e providências em relação ao caso do entregador jogado da ponte.

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