De acordo com informações do processo, Torres criou um perfil falso no Instagram denominado “@op.steinbrunch” e enviou uma mensagem intimidante a Carolina Steinbruch. Na mensagem, ele exigia a transferência de R$ 5 milhões até o dia 13 de maio de 2020 para que ele cancelasse um suposto plano de assassinato contra o casal. A mensagem ameaçadora enviada dizia: “Olá Carolina! Vou te contar, não foi nada fácil encontrarmos a sua residência, mas enfim: Nos foi oferecido 3 milhões pela cabeça do seu esposo (Benjamin) e +1 pela sua. Estamos a 10 minutos de você e antes de efetuarmos o serviço vou perguntar: quer cobrir a oferta? Por 5 milhões eu retiro meus homens dos arredores e cancelamos a investida. Você tem até dia 13/05 (quarta-feira) para fazer a transferência. Em caso contrário, o serviço será efetuado conforme solicitado.”
Torres foi identificado como autor do crime após enviar dados bancários e seu CPF para a vítima realizar o depósito. Funcionários da CSN, ao serem alertados, notificaram as autoridades policiais sobre o crime. Em juízo, Torres admitiu o envio da mensagem, mas alegou que a apagou em seguida. Ele também afirmou que estava na casa de sua namorada e não nas proximidades da residência do casal.
O relator do caso, João Augusto Garcia, destacou que as evidências apresentadas apontavam para a consumação do crime. Ele mencionou que os relatos das vítimas eram “firmes, coesos e verossímeis”, sem apresentar contradições que pudessem levantar dúvidas. Garcia enfatizou ainda que não havia nos autos qualquer indício que pudesse sugerir que as versões dos ofendidos tinham o intuito de incriminar injustamente Torres, a quem desconheciam.
Além deste caso, a 5ª Câmara de Direito Criminal do TJ-SP também manteve uma decisão de primeira instância em 2022, condenando Torres a seis meses de prisão por ameaças ao ex-governador João Doria. Segundo um documento da Polícia Civil de São Paulo, a filha do ex-governador recebeu uma mensagem ameaçadora de Torres. Na mensagem, ele afirmava ter recebido R$ 5 milhões para matar Doria, mas que resolveria a situação se a família do político pagasse R$ 3 milhões. O criminoso também forneceu novamente dados bancários para o depósito, que não foi realizado pela família Doria.
Com essa decisão, o Tribunal de Justiça de São Paulo reforçou a condenação a Torres, sublinhando a severidade das suas ações e a importância da aplicação da justiça.