As investigações revelaram que a mulher buscou ajuda policial no dia 7 de dezembro, relatando ter sido mantida em cárcere privado e torturada durante aproximadamente 12 horas. Segundo o que foi apurado, ela sofreu agressões físicas severas, que incluíam socos, chutes, puxões de cabelo e chineladas, além de injúrias e ameaças de morte. O ciclo de violência cessou apenas quando a mulher conseguiu escapar da situação de opressão.
Entretanto, esse episódio não foi isolado. De acordo com os relatos, a vítima já havia enfrentado agressões nos dias 3 e 4 de dezembro. Em uma dessas ocasiões, chegou a ser golpeada contra um espelho, resultando em uma perda temporária da visão e da audição do lado direito. Em um incidente anterior, em 11 de novembro, a mulher também havia sido submetida a tortura e ameaças, além de ter sofrido abuso sexual, sendo ainda obrigada a assistir à destruição de seu material de trabalho.
As motivações por trás das agressões parecem estar ligadas a ciúmes exacerbados. A vítima relatou que precisava pedir permissão ao agressor para publicar qualquer foto ou vídeo em suas redes sociais, revelando um controle extremo sobre sua liberdade e expressões pessoais.
Em resposta a esses acontecimentos, a Polícia Civil do Paraná destacou a importância das denúncias e do trabalho contínuo para proteger as mulheres em situação de violência. O delegado Lucas Maia enfatizou o compromisso da equipe em romper ciclos de agressão e assegurar que os responsáveis sejam devidamente punidos. Diante das evidências, a polícia solicitou a prisão preventiva do suspeito, que foi acolhida pela Justiça. Durante sua detenção, as autoridades encontraram anabolizantes e munições, o que resultou em uma nova autuação. O homem foi encaminhado ao sistema penitenciário, onde aguardará as próximas etapas do processo.










