O trágico incidente, que inicialmente foi tratado como um afogamento, ocorreu em 12 de setembro no Rio Ipanema, no Sítio Poço Grande. No entanto, conforme as investigações progrediram, a equipe policial descobriu que o suspeito não apenas estava envolvido na morte da criança, mas também havia cometido múltiplos abusos sexuais contra José Micael e outros dois meninos de 10 e 9 anos.
De acordo com a delegada Andrade, a atuação do suspeito era dissimulada. Ele levava as crianças para sua casa, onde criava situações que simulavam brincadeiras, aproveitando a inocência dos pequenos para perpetrar abusos sexuais. Entre os métodos utilizados, o suspeito apresentava objetos de conotação sexual e envolvia as crianças em dinâmicas que envolviam manipulação dos seus corpos sob a aparência de diversão.
No dia fatídico, o homem instruiu os meninos a dizerem a seus pais que iriam para a escola, mas na verdade, o plano era se encontrar com ele no rio. Durante a brincadeira, José Micael subiu nos ombros do suspeito e acabou se afogando. Testemunhas relataram que, apesar de o homem saber nadar, ele não prestou socorro à criança e fugiu do local. Os outros meninos tentaram ajudar, mas não conseguiram salvar o amigo. A situação foi ainda mais chocante com a descoberta de evidências na roupa da vítima, que será analisada em perícia para identificar material biológico.
Após o crime, o suspeito se evadiu de Santana do Ipanema, mas a equipe investigativa não desistiu. Um pedido de prisão foi solicitado ao Judiciário, e, após diligências, o homem foi localizado em Jacaré dos Homens. Actualmente, ele está detido no Centro Integrado de Segurança Pública em Santana do Ipanema, aguardando audiência de custódia. Este caso expõe a necessidade urgente de reflexão sobre a proteção das crianças e a importância de ações eficazes contra a violência e o abuso em todas as suas formas.