Conforme relato da vítima, ao ouvir a oferta de ajuda para trazer as bebidas, o suspeito reagiu de maneira hostil, utilizando expressões homofóbicas. Ele teria exclamado “Pra esse viado, não”, antes de desferir um tapa no rosto da vítima, que, em consequência, caiu ao chão. Após o ato violento, o agressor se retirou do local, mas a intervenção policial não tardou. Os agentes localizaram o homem em sua residência, onde foi abordado.
Durante a detenção, o suspeito não hesitou em confessar os novos atos de violência e discriminação que cometeu. Ambos os envolvidos foram conduzidos à Central de Flagrantes, onde a situação foi formalizada. O agressor permanece detido e agora aguarda audiência de custódia para que a Justiça defina os próximos passos do processo.
Este incidente se insere em um contexto mais amplo de combate à violência e discriminação motivadas por orientação sexual no Brasil. Desde 2019, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) classifica atos de homofobia e transfobia como crimes de racismo. Essa medida foi adotada em resposta à inércia do Legislativo em estabelecer uma legislação específica sobre o tema, entretanto, a Lei nº 7.716/1989, que aborda crimes resultantes de preconceitos de raça e cor, é aplicada até que uma nova norma específica seja aprovada.
O caso ressalta a importância de continuar a luta contra a homofobia e a necessidade de um ambiente livre de preconceitos. A sociedade e as autoridades ainda têm um longo caminho a percorrer para garantir que todos possam conviver em harmonia, sem medo de agressões ou discriminações.