Homem é condenado a 31 anos por homicídio e ocultação de cadáver da sogra; filha é excluída de indenização por conivência no crime.

Em um desfecho trágico, Leandro dos Santos Araújo foi condenado a uma pena de 31 anos, 5 meses e 15 dias de prisão, por crimes de homicídio e ocultação de cadáver de sua sogra. A decisão foi proferida durante sessão do Tribunal do Júri, presidida pelo juiz Geraldo Cavalcante, da 9ª Vara Criminal da Capital, na última segunda-feira (20).

Além da longa pena privativa de liberdade, Leandro também foi condenado a pagar uma indenização de R$ 200 mil aos familiares da vítima. No entanto, esse valor não será atribuído à filha da falecida, que, segundo os registros do processo, foi cúmplice na execução do crime. O juiz Cavalcante justificou essa decisão ao afirmar que a filha não poderia ser beneficiada por suas ações desonrosas, sustentando que, sob essa perspectiva, ela também estaria desqualificada para herdar bens da mãe.

A história que culminou nesse deslizamento de horror começou no dia 5 de março de 2024, quando uma equipe da Operação Policial Litorânea (OPLIT) fez uma descoberta macabra em Guaxuma. Ao abrir uma geladeira descartada, os agentes encontraram um corpo enrolado em um lençol, levando a uma investigação profunda que revelou os responsáveis pela atrocidade. A investigação conseguiu rastrear quem havia solicitado o serviço de transporte do eletrodoméstico até Leandro e seu pai, Ademir da Silva Araújo, que se tornaram principais acusados do caso.

Leandro revelou durante os depoimentos que havia tido uma altercação com sua sogra, uma semana antes do crime, motivada por desavenças relacionadas ao relacionamento que mantinha com a filha dela, que ainda era pré-adolescente na época. Tal revelação adicionou uma camada ainda mais perturbadora aos já trágicos acontecimentos que culminaram na condenação.

O pai de Leandro, Ademir, foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver por clemência, uma decisão que surpreendeu muitos observadores do caso, dado o contexto de brutalidade envolvido.

Esse caso, marcado por dor e traição familiar, destaca a complexidade das relações humanas e levanta questões morais e éticas sobre responsabilidade e justiça, em um cenário que se mostrou devastador para todos os envolvidos.

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