Em entrevista ao Metrópoles, Ronaldo relatou que decidiu se libertar da mentira de fingir ser hétero ao completar seus 50 anos. Apesar de sempre ter sido consciente de sua orientação sexual, ele nunca havia se assumido por causa dos pais. Mas com o falecimento deles, sentiu-se encorajado a tirar essa “corrente”.
O cantor também mencionou que a sua religião, o umbandismo, teve papel importante nos ataques que sofreu. Segundo Ronaldo, os familiares que o agrediram apoiam uma igreja que não aceita as religiões de matriz africana.
O episódio de violência ocorreu quando Ronaldo estava lavando o quintal de sua residência e a água acabou invadindo a casa dos familiares. Uma discussão se iniciou e culminou com agressões físicas, onde Ronaldo foi agredido com socos, chutes e vassouradas na cabeça.
O cantor tentou fugir, mas foi perseguido e agredido ainda mais. Somente quando os familiares foram embora é que Ronaldo conseguiu preencher um boletim de ocorrência eletrônico. Contudo, ao buscar informações sobre o andamento do inquérito, descobriu que o caso foi enviado para um fórum onde um dos agressores trabalha.
Além das agressões físicas, Ronaldo também relatou o descaso que sofreu por parte das autoridades policiais no dia do ocorrido. Ao se dirigir à delegacia para fazer o boletim de ocorrência, foi tratado com desprezo e desrespeito pelos agentes, que o mandaram ir a outro local e riram de seu pedido de ajuda para ser levado para casa.
O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública, mas até o momento não obteve retorno sobre o caso. Ronaldo busca justiça e luta por seus direitos, desejando apenas viver em paz e seguir sua paixão pela música e dança. A divulgação deste caso visa alertar sobre a importância do combate à homofobia e da proteção aos direitos de todas as pessoas, independentemente de sua orientação sexual.