De acordo com o depoimento do adolescente responsável pela denúncia, o tio começou a abusar dele em 2019, enquanto outras duas vítimas sofriam desde 2014 e a quarta vítima passou a ser abusada em 2022. Os abusos aconteciam na casa do homem ou de outros familiares, como avó e tias dos meninos, em locais nas regiões de Santa Maria, Vicente Pires e Jardim Botânico.
Todos os meninos confirmaram os terríveis abusos em seus depoimentos. As práticas do homem iam desde tocar as partes íntimas das crianças até expô-las a conteúdo pornográfico. Os relatos são chocantes, como o caso de um menino que foi tocado e beijado à força pelo tio logo após ele chegar do culto da igreja em que atuava como músico. Outra vítima relatou que foi tocada de forma libidinosa enquanto tomava banho de banheira com o irmão.
Quando as crianças tentavam demonstrar seu desconforto, o agressor fazia ameaças, dizendo que suas mães também estariam em perigo caso contassem sobre os abusos. A descoberta dos crimes veio à tona após uma das vítimas entregar a redação ao professor, que prontamente comunicou a escola e a família do menino.
O agressor, que permaneceu preso preventivamente durante todo o processo, foi condenado a 26 anos e cinco meses de reclusão pelo juiz do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Águas Claras. A sentença marca uma importante vitória na luta contra a violência sexual infantojuvenil e reforça a importância da denúncia e punição de agressores.
