Segundo a jornalista, eles estavam se preparando para uma transmissão ao vivo em frente ao STF quando Francisco se aproximou e observou a preparação da equipe. O homem afirmou que não iria atrapalhar e passaria por trás da câmera, alegando ser “muito feio”. Essa interação, aparentemente inofensiva naquele momento, ganhou um significado sombrio após a tragédia que se seguiu.
Após a explosão, Manuela percebeu que o homem-bomba era Francisco ao notar a estampa de naipes de baralho em sua roupa, que fazia referência ao personagem Coringa. A repórter destacou o perigo que ela e sua equipe correram ao terem estado tão próximos do terrorista carregando explosivos na cintura. Felizmente, nenhum integrante da equipe foi ferido durante o atentado.
Francisco Wanderley Luiz, também conhecido como Tiü França, era ativo nas redes sociais e fazia publicações sugerindo ataques com bombas contra alvos políticos que ele chamava de “comunistas de merda”. O corpo do terrorista ficou completamente desfigurado após a explosão, com o lado direito da cabeça e a mão direita severamente atingidos. Restos mortais foram arremessados a metros de distância do local da explosão.
O corpo de Tiü França passa por perícia na Polícia Federal e a expectativa é que seja liberado até segunda-feira (18/11). A tragédia do homem-bomba em frente ao STF deixou o país consternado e levantou debates sobre segurança e radicalização política.