Natural de Nortelândia, município localizado a 254 km de Cuiabá, Luiz se mudou para a capital mato-grossense em busca de melhores opções de tratamento. Atualmente, ele trabalha como motorista particular e, paralelamente, estuda um curso técnico em edificações no Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT). Embora viva sozinho, Luiz conta com o apoio de amigos e familiares em sua jornada.
A malformação que Luiz enfrenta é resultado do uso inadequado de um fórceps durante seu nascimento, o que provocou complicações significativas em sua fala e alimentação. Além disso, ele apresenta dificuldades para fechar os olhos, uma situação que exige cuidados diários. O advogado de Luiz relatou que, devido a múltiplas intervenções cirúrgicas, ele perdeu sensibilidade em algumas partes do rosto e precisa fazer movimentos manuais para fechar os olhos. Isso gera problemas, especialmente à noite, quando, por não conseguir fechar os olhos completamente, ele acaba dormindo com os olhos abertos. Isso resulta em vermelhidão constante e uma necessidade de hidratação frequente, impactando consideravelmente seu sono e, por consequência, sua atenção e disposição durante o dia.
Luiz já passou por seis cirurgias ao longo de sua vida e agora enfrenta a espera pela operação tão aguardada, que será realizada em duas etapas. A primeira etapa compreende exames odontológicos, enquanto a segunda envolve os custos hospitalares e materiais necessários ao procedimento, que se estende por aproximadamente 18 meses.
A luta de Luiz não é apenas física; é também uma batalha emocional e social, em busca de dignidade e direitos que deveriam ser garantidos a todos. Sua história levanta questões importantes sobre preconceito, empatia e a busca pelo apoio necessário num momento tão delicado. A espera pela cirurgia é um lembrete da fragilidade de muitas pessoas que, como Luiz, ainda buscam soluções para condições que poderiam ter retratos muito diferentes em contextos ideais.