A grande dificuldade com a hipertensão está em seu caráter muitas vezes assintomático. A maioria dos pacientes não apresenta sinais visíveis da doença, exceto em estágios mais avançados, o que eleva o risco de complicações. O cardiologista Roberto Yano alerta que “a ausência de sintomas torna a hipertensão especialmente perigosa, pois muitos só buscam auxílio médico quando a condição já se tornou crítica”. Contudo, alguns sinais podem surgir, como dores de cabeça frequentes, especialmente na região da nuca, tontura, visão embaçada, falta de ar em atividades cotidianas, zumbido no ouvido, fraqueza e palpitações.
Apesar de não haver uma cura definitiva para a hipertensão, a condição pode ser gerenciada através de medicamentos e a adoção de um estilo de vida saudável. Avaliações regulares de pressão arterial são essenciais, sendo recomendada a medição anual para indivíduos acima de 20 anos. Aqueles com histórico familiar da doença devem realizar essa avaliação com mais frequência. A hipertensão é, em sua maioria, herdada geneticamente, mas fatores como sedentarismo, obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool e sal, além de estresse, podem agravar a situação.
O tratamento envolve não apenas a prescrição de medicamentos, mas também mudanças significativas nos hábitos diários. Infelizmente, apenas 30% dos brasileiros diagnosticados com hipertensão mantêm regularmente seus tratamentos, o que revela uma preocupação com a adesão às orientações médicas. Essa falta de acompanhamento pode levar a um ciclo de agravos e novas complicações, tornando o conhecimento e a conscientização sobre a hipertensão cada vez mais essenciais para a saúde pública no país.
