O contexto da fala de Hamad se dá em meio a uma reunião em que sua equipe de negociação estava avaliando uma proposta de cessar-fogo sugerida pelos Estados Unidos. Enquanto discutiam os detalhes, foram surpreendidos por explosões, pouco mais de uma hora após o início das conversas. O ataque resultou em tragédia, com a perda de cinco membros de médio escalão do Hamas e um oficial de segurança local.
Hamad relatou que o grupo já tinha experiência com os sons dos mísseis e rapidamente compreendeu que se tratava de um ataque israelense. Ele descreveu um cenário aterrorizante em que “cerca de 12 mísseis foram lançados em menos de um minuto”, ressaltando a tensão e o medo que permeiam a vida sob constantes ameaças de violência. A declaração do membro do Hamas não apenas expõe suas críticas à mediação americana, mas também ilustra a fragilidade das negociações de paz na região.
Em um contexto mais amplo, a situação tem gerado repercussões significativas. Na mesma data, o Ministério das Relações Exteriores do Catar emitiu uma severa condenação à ofensiva israelense em Gaza, descrevendo-a como uma “extensão da guerra de genocídio” contra os palestinos. O comunicado, amplamente divulgado nas redes sociais, reflete o crescente descontentamento entre os países árabes em relação às ações de Israel, destacando a necessidade urgente de uma solução pacífica e duradoura para o conflito.
Este episódio marca uma nova fase nas tensões do Oriente Médio e levanta questões sobre o papel dos Estados Unidos como mediadores em um cenário onde a confiança entre as partes é cada vez mais escassa. A acusação de Hamad serve como um alerta sobre os desafios iminentes nas negociações de paz, além de reafirmar a complexidade da situação geopolítica na região.