Essa ação faz parte de um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas que prevê a troca de reféns israelenses por presos palestinos. Nessa primeira fase do acordo, 33 reféns mantidos pelo Hamas em Gaza seriam libertados, em troca da libertação de cerca de mil presos palestinos por Israel. O Hamas chegou a informar que 183 palestinos detidos por Israel seriam libertados.
O porta-voz do grupo, Abu Ubaida, destacou que nos últimos três semanas houve violações por parte de Israel em relação aos termos do acordo, o que levou ao adiamento da entrega dos prisioneiros israelenses. Ele ressaltou que a liberação dos reféns será retomada assim que Israel cumprir seus compromissos e compensar as falhas anteriores de forma retroativa.
Em resposta ao adiamento, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, considerou a decisão do Hamas uma violação do acordo de cessar-fogo. Ele determinou que o Exército de Defesa de Israel (IDF) esteja em alerta máximo para qualquer cenário possível em Gaza, garantindo a defesa das comunidades israelenses.
A última liberação de reféns pelo Hamas ocorreu no sábado (8/2), com a soltura de Eliyahu Datsun, Yosef Sharabi, Or Auraham, Lisha Levi e Ohad Ben Ami. O grupo também informou que os 183 palestinos detidos por Israel serão libertados em breve.
Diante desse impasse, a tensão entre Israel e o Hamas pode aumentar, colocando em xeque a continuidade do acordo de cessar-fogo e o futuro das negociações entre ambas as partes. A comunidade internacional acompanha de perto esse desenrolar, esperando por uma solução pacífica e duradoura para o conflito na região.