Haddad: Tarifaço dos EUA visa “reabilitar a extrema-direita” no Brasil e não tem caráter comercial, revela pesquisa da Polícia Federal sobre Bolsonaro.

Em uma declaração recente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, levantou preocupações em relação ao que ele chamado de “tarifaço” imposto pelos Estados Unidos às exportações brasileiras. Durante um evento virtual do Partido dos Trabalhadores (PT), Haddad sugeriu que essa medida não é meramente econômica, mas uma estratégia deliberada para “reabilitar a extrema-direita no Brasil”. Ele fez referência a materiais coletados pela Polícia Federal que foram encontrados no celular do ex-presidente Jair Bolsonaro. Esses documentos, segundo o ministro, revelam que ações tomadas durante a presidência de Donald Trump tinham a intenção de dar suporte a indivíduos que ele rotulou como “golpistas”.

Haddad argumentou que as iniciativas de Trump não seguem um motivo comercial, mas representam uma hostilidade que visa ajudar aqueles que tentam desestabilizar o estado democrático brasileiro. “O único objetivo é livrar a cara dos golpistas”, afirmou. Em sua análise, Haddad descreveu as negociações com os EUA, conduzidas pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, como mantendo uma postura “altiva”, apesar da hostilidade vinda de “grupos de extrema-direita”, que, segundo ele, não têm nada de patriótico.

Além disso, Haddad expressou um compromisso com a soberania do Brasil nas relações externas, destacando que nunca foi considerado abrir mão da parceria com os Estados Unidos. No entanto, ele deixou claro que tal parceria precisa ocorrer sob condições que respeitem a independência do país. “Não há razão para que isso mude, até porque o governo Trump é temporário”, afirmou.

A situação foi ainda mais complicada por um relatório da Polícia Federal, que sugere que membros da família Bolsonaro e seus apoiadores veem o tarifaço como uma oportunidade para impor uma anistia a pessoas condenadas por atos de insurreição, como os ocorridos no dia 8 de janeiro. Em resposta a essa questão, Haddad reiterou a importância da soberania e a necessidade de manter a independência dos poderes, reafirmando que o Brasil não pode abrir mão de sua autodeterminação.

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