O ministro enfatizou que, apesar das modificações impopulares, como a proposta de limitarem os supersalários no serviço público que acabou sendo desidratada nas votações, a essência dos planos do Executivo não foi comprometida. Haddad tentou acalmar os ânimos, afirmando que a “desidratação” observada não desfigurou completamente o pacote inicial, ressaltando que, em análises com economistas, a expectativa era que os cortes pudessem até ser ampliados, mas que as alterações mantêm ainda valores significativos.
Um ponto de especial atenção foi a retirada de reformas relacionadas ao Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), que Haddad não explicou detalhadamente em termos numéricos, mas que segundo ele, trará um impacto mais relevante nas contas públicas. As medidas fiscais apresentadas têm como objetivo reordenar as despesas obrigatórias, que incluem programas sociais e salários do funcionalismo, os quais estão crescendo em um ritmo que supera os limites estabelecidos pela nova estrutura fiscal do governo.
Essas ações são vistas como cruciais para a manutenção da capacidade de investimento do Estado, que tem sofrido com a redução de recursos diante do aumento das despesas obrigatórias. O governo se encontra em uma corrida contra o tempo, tentando equilibrar as necessidades fiscais com a urgência de investimentos em áreas essenciais para o desenvolvimento do país.