Haddad diz que opositor é ‘chefe de milícia’

O domingo (21) foi bastante movimentado para os dois candidatos à presidência da República, Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL).

Em corpo a corpo com os eleitores de São Luís, no Maranhão, o petista novamente elevou o tom ao se referir ao rival nas eleições do dia 28 de outubro.

Ao comentar um vídeo gravado por Eduardo Bolsonaro, deputado federal eleito pelo PSL-SP, em que o filho do ex-capitão diz que “basta um soldado e um cabo para fechar o Supremo Tribunal Federal (STF)”, Haddad foi duro.

“Esse pessoal é uma milícia. Não é um candidato a presidente. É um chefe de milícia e os filhos dele são milicianos. São capangas. Gente de quinta categoria”, afirmou.

O vídeo a que Haddad se refere foi tuitado na manhã deste domingo por sua vice, Manuela D’Avila, mas não há confirmação de quando ele tenha sido gravado. As reações contrárias, no entanto, só tiveram início após a publicação da candidata, atesta o MSN.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também reagiu negativamente ao vídeo em postagem no Twitter. Para FHC, as declarações do deputado Eduardo Bolsonaro merecem repúdio dos democratas e “cheiram a fascismo”.

“Precisa de psiquiatra”

Informado sobre o vídeo que tem o filho Eduardo como protagonista da polêmica, o candidato Jair Bolsonaro, que teve rápida conversa com os jornalistas antes de gravar vídeos de campanha com membros do CBDS (Confederação Brasileira de Desportos de Surdos) neste domingo, duvidou da veracidade das declarações.

O ex-capitão do Exército alegou desconhecer tais declarações, mas que, se elas realmente existirem, “alguém tirou de contexto”. Bolsonaro mostrou discordar do filho ao afirmar ainda que “se alguém falou em fechar o STF, precisa consultar um psiquiatra”.

Rosa Weber, atualmente na presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi questionada durante coletiva sobre o assunto e adotou postura serena.

“As instituições estão funcionando normalmente e juiz algum no Brasil que honra a sua toga se deixa abalar por qualquer manifestação que pode eventualmente ser compreendida como inadequada”.

22/10/2018

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