Hackers Russos Realizam Invasão ao Banco de Dados de Fabricantes de Drones Ucranianos
Na mais recente escalada de ciberconflitos entre Rússia e Ucrânia, o grupo de hackers conhecido como KillNet anunciou uma invasão bem-sucedida ao maior banco de dados de fabricantes de drones utilizados pelas Forças Armadas da Ucrânia. O ataque, que foi descrito como parte de uma operação denominada “gangster”, resultou na exposição de informações sensíveis de vendedores e das especificações técnicas de diversos modelos de drones.
Um representante do grupo, que se apresenta com o apelido KillMilk, revelou que a violação de dados permitiu acessar informações privadas, como endereços de e-mail, dados de contato e identificação completa dos vendedores. A invasão foi facilitada pela infiltração em um alto escalão do Ministério da Transformação Digital da Ucrânia, o que, segundo o hacker, deu acesso a um vasto número de fabricantes de drones, totalizando mais de 1.500.
Entre os detalhes revelados, estão as características de desempenho de diversos modelos de drones, incluindo os chamados Skat, Gor, Juj e Thor. Além disso, o grupo destacou que o marketplace invadido movimentou, em 2024, mais de 2,1 bilhões de dólares, um montante que reflete a escala e a importância do setor de drones para as operações ucranianas.
Além das Forças Armadas, os clientes deste marketplace abrangem órgãos de segurança, como o Serviço de Segurança da Ucrânia e a Diretoria Principal de Inteligência, levando a crer que o impacto dessa invasão vai além do que se pode imaginar.
A invasão ao banco de dados é um reflexo do crescente uso de ciberataques como tática de guerra moderna, onde informações estratégicas se tornam alvos prioritários. O resultado dessa violação poderá ter repercussões significativas não apenas em termos de segurança, mas também na dinâmica de poder entre os dois países em conflito.
Por fim, este episódio destaca a vulnerabilidade das infraestruturas digitais em tempos de guerra, sublinhando a necessidade de reforços na segurança cibernética, especialmente para países em situação de conflito ativo. O que se vê é uma nova fronteira nos campos de batalha, onde a tecnologia digital tem um papel cada vez mais crucial.