O desentendimento ocorre em um contexto de tensões diplomáticas entre Petro e o governo americano, especialmente após a inclusão do presidente colombiano na “Lista Clinton”, uma lista de sanções do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC) dos Estados Unidos. Esta lista foi ampliada na semana anterior, abrangendo não apenas Gustavo Petro, mas também seu filho, Nicolás Petro, a primeira-dama Verónica Alcocer e o ministro do Interior, Armando Benedetti. As acusações contra Petro incluem a alegação de que seu governo permitiu a expansão do tráfico de drogas no país, com seu secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmando que a produção de cocaína “explodiu” durante a gestão do presidente.
Petro não hesitou em criticar a administração americana, afirmando que sua perseguição não é motivada por questões relacionadas às drogas, mas por suas posições políticas, especialmente aquelas que denunciam crimes em Gaza e na região do Caribe. Em resposta às sanções e ao impedimento do reabastecimento, ele anunciou que o contrato com a empresa prestadora de serviços dos EUA seria cancelado, expressando sua indignação com a situação.
Além disso, o presidente colombiano se posicionou contra as recentes operações militares dos EUA no Caribe, que resultaram na destruição de embarcações sob acusação de tráfico de drogas. Ele classifica essas ações como violações da soberania colombiana e condena os ataques a barcos de pesca em águas nacionais. Em uma atmosfera marcada por tensões, com relações se deteriorando, o cenário político e diplomático entre a Colômbia e os Estados Unidos continua a ser um foco de preocupação internacional.
