Guilherme Derrite Reavalia Saída da Segurança Pública de SP para Focar em Importantes Entregas e Aumentar Protagonismo nas Discussões de Segurança Nacional

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, está reconsiderando sua proposta de antecipar sua saída do governo do estado, liderado pelo governador Tarcísio de Freitas. A intenção original de Derrite era retomar seu mandato como deputado federal ainda este ano, mas as novas circunstâncias o levaram a rever essa decisão.

Com a perspectiva de se tornar pré-candidato ao Senado, Derrite tem um prazo a cumprir: ele deve se desligar do cargo de secretário até abril de 2026 para que possa concorrer. Essa urgência se intensificou nas últimas semanas, à medida que o deputado e seus aliados discutem estratégias para suas próximas movimentações políticas.

Um dos pontos que influenciou a mudança de pensamento foi a necessidade de entregar resultados significativos na Secretaria da Segurança Pública. Derrite e sua equipe tiveram conversas em torno de projetos relevantes, como a compra de novas viaturas e a construção de batalhões. Além disso, a ampliação do sistema de monitoramento conhecido como Muralha Paulista, que visa melhorar a segurança através do cruzamento de dados sobre comportamentos criminosos, também é uma prioridade.

Os aliados de Derrite argumentam que a presença do secretário no governo é crucial, principalmente para que ele possa concluir essas ações antes de potencialmente deixar o cargo. O deputado federal Maurício Neves, que preside o PP em São Paulo, destacou a importância de estar presente em entregas que foram planejadas para o primeiro trimestre do próximo ano. Ele enfatizou que essas iniciativas não só beneficiam a segurança pública, mas também fortalecem a capital político de Derrite em sua trajetória eleitoral.

Além disso, a bancada do PP na Câmara dos Deputados tem mantido diálogos com o presidente da Casa, Hugo Motta, para a realização de uma “semana da segurança pública”. Essa proposta, no entanto, revelou-se problemática para Derrite, pois Motta sugeriu que a discussão ocorresse em outubro, o que poderia inviabilizar a sua saída do governo nesse momento.

Com tudo isso em mente, a conclusão de Derrite e seus colaboradores é que é mais vantajoso permanecer na gestão até a finalização das entregas prometidas, ao invés de buscar um “palanque” no Congresso. Entre os projetos em andamento, uma das principais entregas será a expansão do Muralha Paulista, para levar benefícios de segurança a cidades pequenas do interior do estado.

Embora tenha sido questionado, Derrite se limitou a afirmar por meio de sua assessoria que nenhuma decisão final foi tomada até o momento. Assim, sua trajetória política continua a ser moldada por um equilíbrio frágil entre o exercício da função pública e suas aspirações futuras.

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