“Queria muito a medalha, queria muito ganhar. Fiz de tudo, não sei o que aconteceu ali nos últimos 50 metros, que são o meu ponto forte. Mas não consegui. Tentei de tudo, mas não foi possível”, desabafou o atleta em prantos à TV Globo.
Durante a entrevista, Costa analisou seu desempenho e considerou os fatores que poderiam ter influenciado sua performance final. “Eu senti que deixei o alemão (Lukas Maertens) sair um pouco. Embora soubesse que tinha que crescer no meio, apostava muito nos últimos 50 metros. Acertei a prova quase inteira, mas faltaram os 50 metros ali. Era o meu ponto forte. Eu tinha certeza que ia chegar em segundo, vi como a prova estava se desenhando. Só sei que não quero sentir isso nunca mais.”
Nas mídias sociais, brasileiros mostraram solidariedade ao nadador. As lágrimas de Cachorrão comoviam os internautas, que enviaram inúmeras mensagens de apoio e reconhecimento pelo esforço.
A prova foi vencida pelo alemão Lukas Maertens, que registrou o tempo de 3m41s78. A prata foi para o australiano Elijah Winnington, com 3m42s21, e o bronze ficou nas mãos do sul-coreano Womim Kim, que concluiu a disputa em 3m42s50. Guilherme Costa terminou com 3m42s76 e, apesar do quinto lugar, essa foi a melhor marca de sua carreira, quebrou ainda o recorde sul-americano na modalidade.
Mesmo assim, o marco pessoal não foi suficiente para aliviar a dor da derrota. “Fiz tudo o que eu podia para vencer a prova, para pelo menos conseguir uma medalha. E não aconteceu. Não esperava isso. Acho que, como eu falei, eu fiz tudo no ciclo para a medalha. Dei 350 metros hoje para a medalha e logo no último 50, que é meu ponto forte, não aconteceu,” lamentou o nadador.
A jornada de Guilherme, marcada por suor, dedicação e recordes, serve de inspiração. Seu desabafo revela a pressão e o sacrifício inerentes ao esporte de alto rendimento. E embora a vitória não tenha vindo desta vez, a determinação do “Cachorrão” continua a inspirar e emocionar os brasileiros.